Nesta segunda-feira, 25 de julho, o Coletivo de Mulheres do Sintrajud – Mara Helena dos Reis participará da manifestação que marca o Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A Marcha das Mulheres Negras, será a partir das 17h30, na Praça da República.
Tradicionalmente, todo dia 25 de julho, a Marcha das Mulheres Negras toma as ruas de São Paulo para denunciar as violências potencializadas pelas condições de gênero e raça impostas no Brasil à população negra. No entanto, o ato não aconteceu nos últimos dois anos por conta das restrições impostas pela pandemia de Coronavírus.
Este ano, o lema da manifestação na rua será “Nem fome, nem tiro, nem cadeia, nem Covid: Parem de nos matar! Mulheres negras nas ruas e nas urnas para derrotar o fascismo, o racismo, a LGBTfobia e o genocídio! Por comida, emprego, educação, saúde e demarcação das terras quilombolas e indígenas! Por nós, por todas nós, pelo Bem Viver”.
O Coletivo de Mulheres do Sintrajud participa da Marcha e realiza atividades para marcar o Dia de Tereza de Benguela desde a sua fundação.
Dia da Mulher Negra Latino-americana e de Tereza de Benguela
O 25 de julho foi instituído no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana. No Brasil, desde 2014 a efeméride resgata também a história da primeira mulher a comandar um quilombo – território de resistência à escravização e embriões de organizações sociais de tipo republicano, não centralizados e hierarquizados com base em critérios dinásticos. Tereza de Benguela foi reconhecida na historiografia como líder do Quilombo do Quariterê, atual Estado do Mato Grosso, por ao menos quatro décadas.