Luta em defesa do reajuste salarial em 2022 será reforçada em plenária aberta neste dia 27


24/01/2022 - Luciana Araujo
Participação na atividade convocada pelo Fonasefe e o Fonacate é aberta a todas as categorias do funcionalismo federal; basta preencher o formulário de inscrição para participar.

 

A mobilização das categorias do funcionalismo público federal em defesa da recomposição de perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos será tema de uma Plenária Nacional Unificada que acontece em plataforma virtual a partir das 10 horas desta quinta-feira, 27 de janeiro. A atividade é convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), e será a primeira atividade do ano que reunirá servidores e servidoras dos três poderes da República.

Acesse aqui o formulário de inscrição e participe!

O Sintrajud reforça a convocatória à plenária e convida toda a categoria a participar. Como têm alertado dirigentes do Sindicato, 2022 é um ano eleitoral e o prazo legal para a concessão de reajuste por parte do governo Federal é muito curto. Além disso, o Orçamento da União sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro prevê somente R$ 1,7 bilhão de margem para eventual “reajuste”, numa manobra para forçar assegurar alguma recomposição salarial apenas para categorias onde o presidente ainda mantém alguma base eleitoral, como as carreiras das áreas de segurança – Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional.

O valor ainda foi motivo de deboche por parte do vice-presidente, o general da reserva Hamilton Mourão. O portal ‘Metrópoles’ repercutiu que, ao chegar ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 24 de janeiro, e ser questionado por jornalistas, Mourão afirmou que “Tem esse espaço aí de R$ 1,7 bilhão, mas ele é pequeno, né?! Não dá para todo mundo. Vai dar quanto para cada um? Dez centavos de aumento? Difícil”.

Enquanto isso, R$ 1,8 trilhão foram destinados ao refinanciamento da dívida pública. “Difícil” as categorias pretendem tornar a vida do governo no próximo período, revigoradas pela derrota que conseguiram impor no ano passado a Bolsonaro e sua base aliada no Congresso Nacional e no capital privado, impedindo a aprovação da ‘reforma’ administrativa (PEC 32/2020). A mobilização unificada, apesar das dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus, praticamente sepultou a tentativa de desmonte do serviço público e extinção da estabilidade dos servidores e servidoras em favor das contratações por indicação política.

Somente durante o governo Bolsonaro as categorias do funcionalismo acumulam 19,99% de perdas salariais, e ja está indicada greve nacional para o dia 3 de março.

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