Live desta semana debate com Maria Lúcia Fattorelli a ‘PEC das rachadinhas’, nesta 6ª


17/09/2020 - Luciana Araujo
Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida explicará porque a 'reforma' administrativa é mais um mecanismo de remuneração do rentismo; live terá início excepcionalmente às 19h.

“A desculpa de sempre é que tem que cortar gastos. Mas o problema do gasto público não está no servidor. Está sim no problema financeiro, no financiamento da política monetária do Banco Central. São os mecanismos de política monetária do BC que geram dívida pública”, declarou a auditora fiscal aposentada Maria Lúcia Fattorelli em entrevista à rede Brasil Atual, neste dia 16, ao falar sobre a proposta de ‘reforma’ administrativa em tramitação no Congresso Nacional. Nesta sexta-feira (18 de setembro), às 19 horas, a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) vai explicar como o governo produz endividamento para remunerar o capital financeiro. Maria Lúcia também falará sobre como a ‘reforma’ administrativa proposta por Jair Bolsonaro vai enfraquecer ainda mais o Estado brasileiro para coibir as manobras fiscais e a corrupção, em benefício dos especuladores.

A 46ª transmissão ao vivo realizada pelo Sintrajud desde o início do distanciamento social necessário à contenção do novo coronavírus será especial. O evento é uma parceria entre o Sindicato e a ACD com o objetivo de esclarecer ao conjunto da população como é falacioso o argumento utilizado pelos governos de que o problema do Brasil é o servidor público. O diretor do Sindicato e da Fenajufe Fabiano dos Santos também vai participar da conversa. Convide a família, mande o link para os vizinhos e amigos.

Levar informação à sociedade sobre as consequências da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32 – a ‘reforma’ administrativa que já está conhecida como a ‘PEC das rachadinhas’ – será fundamental para derrotar esse projeto. Não é uma tarefa fácil, mas desde Fernando Collor (1990-1992) o funcionalismo público impediu os sucessivos governos de desmontarem o Estado brasileiro. Ainda hoje, mesmo com toda a ofensiva midiática contra os servidores, pesquisa contratada pela Revista Exame e realizada entre 7 e 11 de setembro apontou que 52% das cidadãs e dos cidadãos entrevistados apoiam a estabilidade no emprego público e apenas 34% se revelam contrários ao mecanismo que assegura a independência política e a preservação ética dos servidores.

A live será transmitida pelos canais do Sindicato e da Auditoria Cidadã no YouTube e no Facebook. Participe, traga suas dúvidas e propostas para fortalecer a mobilização.

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