Jornada pelo PCCS: Mobilização toma corpo no interior para pressionar STF


09/08/2024 - Luciana Araujo

A luta no estado para pressionar o Supremo Tribunal Federal a se manifestar sobre o anteprojeto de Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) protocolado pela Fenajufe em dezembro do ano passado, após aprovação da categoria na 23ª Plenária Nacional da federação da categoria, ganhou um reforço importante nestes dias 7 e 8 de agosto. Além da participação de 30 servidoras e servidores na caravana enviada pelo Sintrajud a Brasília, para participação nos atos nacionais convocados pela Federação, cresceu a mobilização em unidades judiciárias na Baixada Santista e interior do estado.

Colegas da Justiça Federal em Andradina, Araçatuba, Araraquara, Caraguatatuba, Franca, Presidente Prudente e Santos, além da Justiça do Trabalho em Cubatão, Guarulhos, Praia Grande, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo e São Vicente somaram forças nos atos e paralisações desta semana. No dia 20 de junho, tinham participado da mobilização, além da capital e Grande São Paulo, colegas das cidades de Araraquara, Jales, Marília, Presidente Prudente e São Vicente.

A reportagem do Sintrajud conversou com alguns servidores para avaliarem o engajamento em seus locais de trabalho. Além da comemoração, todos foram unânimes em destacar a importância do papel de cada colega e cada forma de participação neste processo de luta por valorização da carreira.

Andradina e Araçatuba

“Aqui em Araçatuba os servidores decidiram aderir e houve uma paralisação com adesão bastante grande, quase total, especialmente no JEF e da 2ª Vara. E nos reunimos nos dois dias em frente ao fórum, das 14h às 16h, quem está em teletrabalho veio para o ato, quem está no presencial participou. Foi bastante importante”, afirmou o diretor do Sindicato e servidor lotado naquela unidade judiciária, João Carlos Carvalho.

Na avaliação do dirigente, está crescendo na categoria a compreensão da necessidade de mobilização, passados oito meses sem resposta do Supremo Tribunal Federal, enquanto aos juízes vêm sendo concedidos diversos benefícios e penduricalhos que drenam o orçamento.

Andradina

“Em Andradina, inicialmente não iam parar, mas com a notícia de que passaríamos com um grupo lá se animaram e também aderiram. Estive lá na quinta-feira e a adesão era quase total, menos a diretora e uma servidora para assegurar o atendimento que não pode parar. Quem estava em teletrabalho também aderiu. Conversamos nas duas subseções sobre a caravana que foi a Brasília, os detalhes da campanha salarial e a desinformação que tem ocorrido, os posicionamentos dos outros sindicatos e da federação. É grande a preocupação de que esses projetos rodando paralelamente atrapalhem. Assim como há uma expectativa muito grande na aprovação do anteprojeto que foi votado e aprovado pela categoria nacionalmente e um rechaço à postura de quem quer desviar do PCCS”, completou João.

Baixada na luta

JF/Santos

Para Adilson Rodrigues, fundador do Sindicato e da Fenajufe e servidor da JF em Santos, “a participação dos servidores é parte deste esforço de mobilização nacional para cobrar respeito à pauta da categoria. O orçamento do Judiciário foi apropriado pela magistratura, que praticamente dobrou sua remuneração neste último período. Então, os servidores aqui em Santos, irmanados com todos no estado e no país, deram início a essa jornada. E foi só o começo, eu diria um aperitivo, um tira gosto, para a tarefa hercúlea que é pautar o STF e a cúpula do Poder para que garantam um espaço de negociação sério e efetivo para formular uma política salarial para a categoria, e não apenas para a magistratura, como vêm fazendo. E para isso, vamos ter que superar inclusive os impasses a vacilações criados por parcela da direção majoritária da Fenajufe e a tradição histórica de capitular e atrapalhar a categoria do Sindjus-DF”, disse. Adilson esteve, junto com outros colegas, à frente de várias negociações dos planos de cargos e salários conquistados pela categoria, como dirigente do Sintrajud e da federação.

Prudente

“A adesão em Presidente Prudente teve cerca de 20 pessoas. Houve paralisação nos dois dias propostos. Nos comprometemos a não realizar login em nenhum sistema durante esses dois dias e estivemos em frente ao prédio da Justiça Federal de Presidente Prudente das 14h às 16h. A faixa da paralisação foi fixada. Foi realizado também o ingresso na sala virtual do Zoom. Conversamos muito sobre os supostos “entraves” da Administração para não conceder a reestruturação. Ao final, foi conversado e constatada a necessidade de, além da reunião muitíssimo bem presidida pela diretora Anna Karenina, que nós mesmos servidores, com a devida licença da chefia imediata, passemos de cartório em cartório relembrando da importância do movimento, pois sente-se um momento de timidez e até sensação de acuamento por parte da maioria dos servidores. Mas, em suma, entendemos muito positiva nossa participação, principalmente se compreendermos que é a paralisação é um conjunto de fatores – presença física, ausência de login, presença nas reuniões virtuais e redes sociais – e esforços entre todas as subseções e órgãos do PJU”. Esta é a análise de Fernando da Cruz, servidor naquela unidade judiciária que desde 20 de junho tem estado presente nas mobilizações da categoria.

Araraquara

 

Franca

 

Santo André

 

 

 

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