Em assembleia setorial realizada nesta tarde servidores da Justiça Federal e do Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiram formalizar como pauta de reivindicações todos os questionamentos apresentados em relação ao edital para contratação de novo plano de saúde. O objetivo é reforçar os posicionamentos apresentados pela entidade no evento oficial promovido pelo Tribunal em primeira rodada no dia 22 – quando o Sintrajud apontou o descumprimento do edital ao não ter sido aberto espaço para efetivo debate e pediu a realização de nova audiência – e finalizada neste dia 10 (saiba mais sobre a reabertura da audiência por solicitação do Sindicato aqui).
Assim, avaliam os servidores, o que não for atendido pela Administração na formulação do edital, seguirá como pauta de debate dos servidores para com a nova presidência. Além disso, temas que não estão restritos ao processo licitatório mas são demandas dos servidores que utilizam a assistência corporativa à saúde também já serão formalizados perante a nova gestão, assumida no mês de março pela desembargadora Therezinha Cazerta. O Sindicato vai reafirmar as necessidades de: estudar a alternativa da autogestão já praticada em diversos tribunais, retomar e expandir os investimentos em políticas preventivas de saúde; corrigir a tabela de custeio por parte do Tribunal no financiamento do plano, que atualmente onera mais os servidores que recebem os vencimentos mais baixos; garantir transparência na execução do contrato, com acesso ao Sindicato de todas as informações comprobatórias da sinistralidade, receitas e despesas do plano e rol detalhado e atualizado de procedimentos a disposição.
Também será cobrado que o Tribunal efetive o compromisso de pleitear junto ao Conselho da Justiça Federal o aumento da dotação orçamentária para o auxílio e reajuste dos valores do benefício. E a assembleia deliberou que o Sindicato também volte a solicitar reunião com a Administração do CJF componha uma comissão de servidores para acompanhar a reunião quando esta for marcada.
Os servidores avaliaram como positiva a audiência, apesar de não ter sido firmado nenhum compromisso efetivo do Tribunal. A Administração limitou-se a manifestar-se positivamente a alguns dos questionamentos, mas a diretoria ressalta que é necessário verificar a redação final do edital.
“Considero que a audiência foi importante, mas se eles não atenderem às nossas reivindicações seguiremos com elas. A autogestão, que é a principal, o reajuste pelo IPC, o acesso às contas e demais preocupações da categoria”, frisou o servidor do Fórum Previdenciário e diretor do Sindicato Gilberto Terra. A servidora aposentada do TRF e também dirigente do Sintrajud Ana Luiza de Figueiredo Gomes complementou lembrando que “não temos participação no resultado da redação final do edital, que provavelmente será mais favorável às operadoras do que a nós, mas vamos seguir cobrando”.