Greve sanitária em defesa da vida ganha apoio de outras categorias


29/07/2020 - Shuellen Peixoto
Mobilização já recebeu moções de apoio dos sindicatos dos Advogados e dos servidores do MPU, do Fórum dos trabalhadores do serviço público de SP e da CSP-Conlutas.

A greve sanitária em defesa da vida e contra o retorno às atividades presenciais no TRF-3/JF e TRE  tem recebido apoio de trabalhadores de outras categorias. O movimento paredista teve início na segunda-feira, 27 de julho, tem o objetivo de respaldar os servidores quanto ao direito de recusa a se deslocarem de suas casas até a unidade judiciária onde estão lotados no momento em que a pandemia de covid-19 segue apresentando números elevados de casos e de óbitos em todo o estado.

O movimento paredista recebeu o apoio da CSP-Conlutas, central sindical a qual o Sintrajud é filiado, do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo (SASP) e do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União. Além disso, o Fórum dos Trabalhadores do Setor Público do Estado de São Paulo (veja abaixo), composto por diversas entidades, também escreveu uma nota de apoio a mobilização da categoria.

As notas destacam o perigo, em caso de retorno presencial, às vidas dos servidores, advogados e jurisdicionados, no momento em que ainda não há vacina e o isolamento social é a solução indicada pela Organização Mundial de Saúde para conter a disseminação do vírus. Além dos servidores do Judiciário Federal, os trabalhadores do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Rio de Janeiro também estão em greve sanitária contra o retorno presencial.

Veja abaixo a nota do Fórum dos Trabalhadores do Setor Público do Estado de São Paulo:

Moção de apoio à Greve Sanitária dos servidores do Judiciário Federal e Estadual de SP

Em primeiro lugar é necessário explicar que a Greve não é por aumento salarial ou debate referente a dissídio, os trabalhadores da Justiça Federal representados pelo SINTRAJUD assim como os trabalhadores do TJ-SP representados pelo SINDJESP, SINTRAJUS e ASSOJUBS além de outras associações, decretaram Greve Sanitária a partir de segunda feira 27 de julho de 2020.

Greve sanitária é a necessidade de recusar se a trabalhar presencialmente em condições que coloquem em risco a saúde e à vida!

O alarmante número de mortes no Estado de São Paulo causadas por COVID 19, a falta de condições sanitárias nos locais de trabalho, a falta de testes para todos como medida preventiva e os riscos de contaminação no transporte público justificam a negativa da volta prematura ao trabalho presencial.

Durante a Pandemia, os trabalhadores do Judiciário estão cumprindo seus deveres por home office e batendo recordes de produtividade.

A alegação do cumprimento dos processos físicos no TJ-SP e de digitalização no Judiciário Federal só demonstram o descaso dos governos e tribunais, estadual e federal, com as vidas dos servidores e da população em geral, expondo-os ao COVID19.

Por isto, os servidores federais e estaduais decidiram coletivamente NÃO retornar ao trabalho presencial no próximo dia 27 de julho, até que os todos estejam em segurança.

Não se trata apenas de risco aos servidores e seus familiares, mas também à população usuárias dos serviços judiciais.

Nós trabalhadores, servidores, sindicatos, coletivos e associações exigimos que as reivindicações dos trabalhadores sejam ouvidas e atendidas.

A Pandemia tem sido usada para os mais diversos ataques contra direitos e a própria vida classe trabalhadora. São trabalhadores de aplicativos que entregam comida passando fome. Demissões de mais de 700 Metalúrgicos na Montadora Renault/PR. Greve em São José dos Campos na TI Automotive contra o fechamento da planta que acarretaria a demissão de mais de 250 trabalhadores químicos. No Rio Grande do Norte, dezenas de professores foram demitidos pelo governo estadual. Em São Paulo, várias faculdades privadas Uninove, Unicsul, SESI demitiram professores sem redução das mensalidades. Professores de diversos estados, inclusive da cidade e do estado de São Paulo, são coagidos assim como os servidores do Judiciário a retornarem às aulas sem as mínimas condições sanitárias para impedir a disseminação da COVID19. Além dos funcionários do IBGE e do INSS que estão em Estado de Greve, por último.  Só a unidade na luta pode garantir Nossas Vidas e Saúde.

Vida antes da Meta!

Fórum dos Trabalhadores do Setor Público no Estado de São Paulo

Leia abaixo a nota da CSP-Conlutas:

Todo apoio à Greve Sanitária dos servidores do Judiciário Federal e Estadual de SP

A Greve não é por aumento salarial ou debate referente a dissídio, os trabalhadores da Justiça Federal representados pelo SINTRAJUD assim como os trabalhadores do TJ-SP representados pelo SINDJESP, SINTRAJUS e ASSOJUBS além de outras associações, decretaram Greve Sanitária desde a segunda-feira 27 de julho de 2020.

Greve sanitária é a necessidade de recusar se a trabalhar presencialmente em condições que coloquem em risco a saúde e à vida!

O alarmante número de mortes no Estado de São Paulo, causadas por COVID-19, a falta de condições sanitárias nos locais de trabalho, a falta de testes para todos como medida preventiva e os riscos de contaminação no transporte público justificam a negativa da volta prematura ao trabalho presencial.

Durante a Pandemia, os trabalhadores do Judiciário estão cumprindo seus deveres por home office e batendo recordes de produtividade.
A alegação do cumprimento dos processos físicos no TJ-SP e de digitalização no Judiciário Federal só demonstram o descaso dos governos e tribunais, estadual e federal, com as vidas dos servidores e da população em geral, expondo-os ao COVID-19.

Por isso, apoiamos o esforço dos servidores para que todos estejam em segurança no local de trabalho também.

Não se trata apenas de risco aos servidores e seus familiares, mas também à população usuárias dos serviços judiciais.

Nós da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular – Coordenação Nacional de Lutas) representando diversas entidades sindicais e populares exigimos que as reivindicações dos trabalhadores sejam ouvidas e atendidas.
A Pandemia tem sido usada para os mais diversos ataques contra direitos e a própria vida classe trabalhadora. São trabalhadores de aplicativos que entregam comida passando fome. Demissões de mais de 700 Metalúrgicos na Montadora Renault/PR. Greve em São José dos Campos na TI Automotive contra o fechamento da planta que acarretaria a demissão de mais de 250 trabalhadores químicos. No Rio Grande do Norte, dezenas de professores foram demitidos pelo governo estadual. Em São Paulo, várias faculdades privadas Uninove, Unicsul, SESI demitiram professores sem redução das mensalidades. Professores de diversos estados, inclusive da cidade e do estado de São Paulo, são coagidos assim como os servidores do Judiciário a retornarem às aulas sem as mínimas condições sanitárias para impedir a disseminação da COVID19. Além dos funcionários do IBGE e do INSS que estão em Estado de Greve, por último, os Metroviários de SP, que fizeram uma greve de algumas horas no turno da noite do dia 27 de julho pela manutenção do Convênio Médico e Convenção Coletiva, conseguindo êxito nas suas reivindicações de forma parcial.

A unidade na luta e a organização são fundamentais para garantir Nossas Vidas e Saúde.

Vida antes da Meta!

CSP-Conlutas

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