Especialistas discutem cenário da pandemia no país em live do Sindicato neste dia 1º


24/08/2021 - Shuellen Peixoto
Avanço da vacinação, novas variantes e fim das medidas restritivas serão temas abordados pelo professor da USP Domingos Alves e o sanitarista Gonzalo Vecina; transmissão acontece na quarta, 1º de setembro, às 19h, no Facebook e YouTube.

O atual cenário da pandemia de covid-19 no Brasil, diante do avanço da vacinação mas também do aumento dos índices de contaminação e internações, e as consequências do fim de medidas restritivas e de distanciamento social, serão temas debatidos na 64ª live realizada pelo Sintrajud desde o início da pandemia.  A transmissão ao vivo acontece no dia 1º de setembro (quarta-feira), às 19h, nas páginas do FacebookYouTube do Sindicato e aqui pelo site.

Para debater o tema, estarão presentes o professor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto Domingos Alves, integrante do grupo Covid-19 Brasil, e Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista e docente da Faculdade de Saúde Pública da USP. Domingos é físico e especialista em simulação de sistemas de serviços e informações em saúde. Vecina foi um dos idealizadores do SUS e fundadores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da qual foi presidente de 1999 a 2003. A atividade terá a mediação das diretoras Anna Karenina e Luciana Carneiro.

Para a diretoria do Sintrajud, promover debates com especialistas é essencial para entender os cenários da pandemia e os riscos do retorno das atividades presenciais para a categoria e os jurisdicionados. Nos últimos meses, o número de casos e mortes por covid-19 no país e em São Paulo tiveram redução com o avanço do esquema vacinal. No entanto, especialistas veem com preocupação as medidas de relaxamento das políticas de contenção ao contágio neste momento, principalmente com a chegada de novas variantes, como a Delta que é mais transmissível que as outras cepas do coronavírus.

Especialistas apontam que ainda é necessário manter medidas de restrição e de segurança sanitária, tendo em vista que, apenas 25% da população brasileira recebeu as duas doses do imunizante e, segundo a Organização Mundial da Saúde, seria necessário superar os 80% de vacinados para vislumbrar condições de graus progressivos de normalização da vida comunitária.

“Resumidamente, essa variante [Delta] é duas vezes mais transmissível, e uma pessoa infectada expele até mil vezes mais vírus que aquela com COVID-19 causada por outra linhagem do coronavírus. Países com altas taxas vacinais, como Israel e os Estados Unidos, têm passado por aumento de casos e de mortes, embora essas últimas se mostrem menos frequentes em pessoas vacinadas. O que dizer do Brasil, onde a população adulta vacinada ainda é inferior ao desejável?”, afirmou em nota a Sociedade Paulista de Infectologia (veja aqui).

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