Escritório da Presidência em SP fecha as portas em dias de expediente


24/01/2018 - Luciana Araujo

Durante a manifestação em homenagem ao Dia Nacional dos Aposentados e contra a reforma da Previdência, realizada na manhã deste dia 24 pelo Sintrajud, em parceria com o Sinsprev (Sindicato dos Previdenciários) e o Sindsef (que organiza categorias vinculadas ao Poder Executivo), os dirigentes sindicais não puderam protocolar pedido de audiência com o presidente Michel Temer e o posicionamento das categorias contra a PEC 287, porque o escritório da chefia do Poder Executivo na capital paulista estava com as portas trancadas. Embora fosse dia de expediente normal para todo o funcionalismo público acusado na campanha pró-reforma de serem “privilegiados”.

Questionada por servidores sobre o motivo do fechamento da unidade presidencial em um dia útil, a chefia de segurança do condomínio informou que o Escritório fechou às 18 horas desta terça-feira (23) e só reabre na segunda (29). O motivo seria a hipótese de ocupação por parte de movimentos sociais que realizam manifestações contra e a favor da condenação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva – cujo julgamento ocorria também no dia de hoje.

A reportagem do Sintrajud pode subir para confirmar o fechamento do escritório, mas foi impedida de fotografar as portas trancadas “em virtude das normas de segurança do condomínio”. Não havia no momento nenhum segurança da Presidência ou contato de plantão para impedir o cerceamento do exercício profissional do jornalismo.

Procurada, a Secretaria de Comunicação do Planalto (Secom) informou primeiramente que não tinha informações sobre o fechamento do Escritório, e pediu que a solicitação de informações sobre os motivos fosse encaminhada por e-mail. Ao longo de toda a tarde a reportagem buscou resposta à mensagem eletrônica enviada. Mas até a publicação desta nota não houve retorno da Secom, que chegou a informar às 19 horas que ainda apurava as razões do trancamento da estrutura presidencial em São Paulo. Ao que parece, o governo do presidente ilegítimo que chegou a conclamar os trabalhadores com o sarcástico slogan “não pense em crise, trabalhe”, resolveu esticar um feriadão enquanto Temer tenta vender um cenário de recuperação da economia nacional no Fórum Econômico de Davos, na Suíça.

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