Em dia de protestos contra reforma trabalhista, Senado fica às escuras


11/07/2017 - Shuellen Peixoto

Em dia de protestos pelo país contra a reforma trabalhista, a sessão convocada pelo presidente do Senado, Eunício de Oliveira, foi paralisada após senadoras da oposição ocuparem a mesa do Plenário, na manhã desta terça-feira (11), iniciarem a sessão e se recusarem a sair.

O regimento do Senado permite que qualquer parlamentar dê início à sessão desde que haja quórum. A mesa foi ocupada pelas senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) , Fátima Bezerra (PT-RN), Lídice da Mata (PSB-BA) e Regina Souza (PT-PI), que deram início à sessão e se negaram a sair quando Eunício Oliveira, um dos parlamentares investigados pela Lava-Jato, chegou ao Plenário e pediu que elas deixassem o local. Com isso, o presidente do Senado mandou apagar as luzes – às 16 horas, o Plenário já estava às escuras a pelo menos três horas.

Surpreendido pelo protesto, Eunício tentou por dez minutos convencer as senadoras a deixarem a mesa. Como não foi atendido, retirou o microfone, que estava preso à roupa da Senadora Fátima Bezerra, que comandava os trabalhos, e anunciou a suspensão da sessão. Em seguida, mandou cortar o som dos microfones e apagar as luzes.

A oposição seguia, ás 16 horas, com seu protesto às escuras, e já anunciou que não sairá do Plenário. Eunício convocou as lideranças em seu gabinete para uma reunião. Outro plenário, menor, estava sendo arrumado para abrigar possivelmente a sessão.

Sindicatos, algumas centrais sindicais e movimentos sociais promovem atos e protestos, nesta terça-feira (11), contra a reforma trabalhista. Os manifestantes afirmam que a reforma levará à eliminação de direitos trabalhistas históricos e só beneficiará os patrões e grandes grupos empresariais – parte deles envolvida nas denúncias de compra de votos de parlamentares.

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