Diante da demora do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, da Diretoria do Foro da Justiça Federal e do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em avançar na interlocução para assegurar mais verbas para a assistência em saúde nesses regionais, a nova diretoria do Sindicato contratou os serviços do economista Washington Moura Lima para retomar os estudos sobre as execuções orçamentárias. O profissional já está trabalhando sobre os dados de orçamentários.
Especialista em Orçamento da União e um histórico aliado da categoria nos debates que reforçaram as mobilizações em defesa dos planos de cargos e salários e do reajuste conquistado na greve de 2015, o economista se aposentou no final do ano passado, mas volta agora a atuar como consultor do Sindicato.
“Na Justiça Federal e no TRF, por terem administrações orçamentárias distintas e despesas comuns, trabalham com os números de forma diferente, gerando informações conflitantes, entre o que é dito pelo Tribunal e pela Primeira Instância. Então, a gente precisa de um estudo detalhado para sabermos onde realmente estão sendo e serão aplicados os recursos de saúde. Por isso contratamos o economista, para assegurar os direitos da categoria”, destaca o dirigente do Sindicato e servidor do Tribunal Cléber Borges Aguiar.
Washington está responsável pela realização de estudos do acompanhamento das execuções orçamentárias no TRF-3, na Justiça Federal, no TRT-2 e Justiça do Trabalho, e também no TRE-SP e cartórios da Justiça Eleitoral. “Os estudos conterão tabelas, gráficos e textos, com informações orçamentárias relativas aos montantes autorizados e liquidados, e comparativamente entre os montantes que deveriam estar liquidados e que tenham sido efetivamente liquidados na data da elaboração dos relatórios, com o objetivo de verificar as condições de realizar remanejamentos para Projetos/Atividades de interesse dos servidores, particularmente para os benefícios sociais (auxílios alimentação, creche, transporte e assistência médica e odontológica).
No âmbito da Justiça Federal e do TRF-3, o objetivo é assegurar alívio ao impacto para os servidores das altas exorbitantes dos planos administrados pela Unimed Seguros na capital e outras 15 cidades. Na Justiça Eleitoral os servidores e servidoras visam destravar o debate sobre a garantia de assistência médica e odontológica contratada pelo Tribunal.
Na Justiça do Trabalho, a categoria luta contra a quebra da isonomia no pagamento do subsídio e do auxílio, e também houve reajuste muito acima da inflação e piora nos serviços oferecidos pela nova administradora, a HapVida. Manifestação da categoria está convocada para acontecer no próximo dia 21 (quinta-feira), a partir das 13h30, concomitantemente nos fóruns Ruy Barbosa e da Praia Grande, com possibilidade de participação também em sala virtual do Zoom (clique aqui). Após a divulgação e intensificação da coleta de assinaturas ao abaix0-assinado movido pelo Sindicato, a presidência do Tribunal anunciou na última sexta-feira que usará as sobras orçamentárias para conferir a servidores e magistrados um reajuste no subsídio na folha de pagamento deste mês. A diretoria do Sintrajud destaca que o ato está mantido porque não está assegurada a isonomia na distribuição dos recursos.