Em TV da Baixada, diretora do Sintrajud defende o fim dos projetos que atacam os serviços públicos


01/03/2021 - Shuellen Peixoto
Luciana Carneiro participou do programa “Ponto de Vista”, transmitido pela TV Santa Cecília na região da Baixada Santista; servidora também criticou a postura do Bolsonaro e Doria no combate à pandemia.

A diretora do Sintrajud Luciana Carneiro, servidora do TRF-3, esteve presente na bancada do programa “Ponto de Vista”, transmitido pela TV Santa Cecília, que opera na região da Baixada Santista. O programa, apresentado por Edgar Boturão, também teve a presença dos advogados Telma Rodrigues e José Stalin, teve como tema a crise sanitária e econômica brasileira, na semana o primeiro caso confirmado de covid-19 no país completou um ano.

Já na abertura, o apresentador criticou a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro, que segue minimizando os efeitos da pandemia no país. “O Brasil perdeu 160 mil vidas em 30 anos de HIV, e, em apenas um ano, perdemos mais de 251 mil pessoas pela covid-19, e ainda tem um cidadão que diz que é gripezinha, joga contra a vacinação, Não sei mais o que falta acontecer no país. No mundo a pandemia está em tendência de queda, no Brasil não para de crescer”, afirmou Edgar Boturão.

Luciana Carneiro também criticou a postura dos governos federal e estadual no combate à pandemia, que continuam expondo os trabalhadores ao risco do contágio. A servidora lembrou dos colegas servidores do Judiciário Federal em São Paulo que foram vítimas da covid-19. “As medidas sanitárias que deveriam ter sido adotadas desde o início desta pandemia, para preservar a saúde e as vidas, não foram adotadas com responsabilidade. O lockdown imposto pelo governo Doria das 23h às 5h não resolve problemas, porque as escolas continuam abertas e os trabalhadores ainda enfrentam transporte público lotado”, afirmou a diretora.

Além da evolução da pandemia e da crise sanitária, os participantes do programa criticaram também as medidas do governo para resolver a crise econômica no país, que segue privilegiando os lucros dos bancos e aprofundando a pobreza.  “Os bancos receberam do governo lá no início da pandemia mais de R$ 1 trilhão, e os micro e pequenos empresários continuam falindo, porque o dinheiro continuou sendo negado a eles”, disse Luciana.

Luciana Carneiro destacou ainda que o governo federal e os governos estaduais elegeram os servidores como alvos prioritários e estão buscando acelerar a privatização e precarização dos serviços públicos. “São medidas que atacam os direitos sociais: a Emenda Constitucional 95, que congelou os gastos públicos; as ‘reformas’ trabalhistas e da previdência, que pioraram a vida dos trabalhadores; e agora a PEC ‘Emergencial’ [186/2019] e a ‘reforma’ administrativa que, no fim das contas, é uma política que ataca principalmente a população mais pobre porque ataca serviços públicos básicos”, ressaltou a dirigente.

Para a advogada Telma Rodrigues, o governo está buscando apoio popular para passar o mais rápido possível projetos como a PEC ‘Emergencial’, que tramita no Congresso Nacional. “Agora [como solução], tramita a PEC que ficou conhecida como PEC da ‘chantagem’ [186]. Eles estão propondo congelar o orçamento da saúde e educação para dar o auxílio emergencial, é um absurdo”, afirmou.

Para finalizar, Luciana Carneiro destacou que a ‘reforma’ não atinge agentes políticos e a verdadeira elite do Estado, como procuradores, a cúpula do Judiciário e parlamentares. “Somos nós, servidores, que prestamos serviço direto à população, que seremos atingidos. Servidores como os professores e os trabalhadores da saúde, que são linha de frente do combate à pandemia.”

Confira a íntegra do programa:

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