Foto: Prevfogo/Ibama
Dezenas de cidades em todo o país têm protestos marcados a partir desta sexta-feira, 23 de agosto, e até domingo contra as queimadas na Amazônia e a política do governo Bolsonaro (PSL) de incentivo ao desmatamento. Há também manifestações no exterior, inclusive diante de embaixadas brasileiras.
Nesta sexta-feira, os manifestantes se concentraram a partir das 18h no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Em Santos, o ato teve início às 17h30, na Praça das Bandeiras. Ainda no Estado de São Paulo, há protestos agendados para Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, São Carlos, Marília, Sorocaba e Santo André.
Na capital, quem não pode comparecer à manifestação desta sexta, tem outra oportunidade neste sábado, 24, a partir das 14 horas, também na Avenida Paulista. Em Santos, o segundo protesto acontece também na Praça das Bandeiras às 18 horas deste sábado.
Acompanhe a lista de protestos nesta página.
Depois de criticar a divulgação dos dados sobre desmatamento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e de exonerar o presidente do órgão, Ricardo Galvão, o governo Bolsonaro viu crescer, sem reação, o número de queimadas na Amazônia e a repercussão do tema na mídia nacional e internacional.
Os efeitos da devastação também chegaram longe: na última segunda-feira, o céu de São Paulo escureceu no meio da tarde, com a combinação da entrada de uma frente fria com a fumaça provocada pelas queimadas no Norte e no Centro-Oeste do país. Moradores registraram que a água da chuva também ficou escura, com a presença de cinzas.
Mesmo assim, demorou três dias para que o presidente da República convocasse um “gabinete de crise” para discutir o tema, o que só ocorreu nesta sexta-feira. No intervalo, Jair Bolsonaro já responsabilizou sem provas organizações não-governamentais, agentes estrangeiros e até mesmo governadores de estados do Norte do país pelas queimadas – o que só contribuiu para impulsionar os protestos.
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