CSP-Conlutas apoia greves na educação federal e fortalece construção do 1º de maio


18/04/2024 - Giselle Pereira
Central à qual o Sintrajud é filiado tem participado ativamente da greve nacional da educação federal contra o reajuste zero; entidade destaca o fortalecimento das mobilizações contra os ataques à classe em plano de ação.

Imagem: arquivo Adusb

A reunião realizada pela coordenação nacional da CSP-Conlutas (SEN) de forma híbrida (on-line, via zoom e presencial, em São Paulo) formalizou apoio à greve nacional dos servidores da educação e de outras categorias. Além a construção do 1º de Maio de oposição de esquerda ao governo, para denunciar os ataques que vêm sendo realizados para justificar os cortes e a falta de investimentos em serviços públicos e áreas sociais. Representou o Sintrajud no encontro, que tem caráter deliberativo, a diretora Anna Karenina (Justiça Federal/Pres. Prudente).

De forma geral, a avaliação da SEN é de que serão ampliadas as contradições do governo Lula e, consequentemente, o movimento paredista contra a política de reajuste zero, com destaque para a greve liderada pela Fasubra (técnico-administrativos das universidades), que já conta com a adesão dos trabalhadores organizados pelo Sinasefe (servidores dos institutos federais) e do Andes-SN (professores das universidades federais).

O movimento paredista, que vem se ampliando, também deve contar com as movimentações de categorias de servidores municipais e estaduais que podem ajudar a desenvolver um ascenso de lutas maior em outros setores da classe trabalhadora ainda neste primeiro semestre.

Conforme relatório da reunião, o contexto amplifica os desafios da Central por fortalecer e unificar as lutas, de enfrentar o governo, de estimular as mobilizações, a gestação e o fortalecimento do campo de oposição de esquerda a Lula/Alckmin. Em paralelo, a SEN segue combatendo a extrema-direita e o bolsonarismo, que demonstraram sua capacidade de mobilização no último ato realizado na Av. Paulista, em 25 de fevereiro, quando aglutinou centenas de pessoas.

Ao final da reunião, houve a aprovação de uma resolução de conjuntura, um plano de ação voltado para unificar as lutas, fortalecer a Central e seguir impulsionando um campo de independência de classe contra os ataques. No campo internacional, a CSP-Conlutas segue ao lado da resistência palestina contra o Estado Sionista de Israel. Além disso, a Central se solidariza com as lutas dos haitianos contra o governo, a burguesia local e o imperialismo; bem como do povo da argentino contra o presidente Javier Milei.

Essa foi a primeira reunião com os novos integrantes da gestão 2023/2025 da SEN, que, inclusive, aprovaram a prestação de contas da entidade referente ao ano de 2023. Confira aqui o relatório completo da reunião da CSP-Conlutas realizada entre os dias 15 e 17 de março.

Sintrajud apoia greve da educação federal.

O encontro, que aglutinou mais de 200 pessoas, representando 73 entidades, foi realizado em meio ao avanço das mobilizações dos técnico-administrativos (Fasubra) das instituições federais de ensino superior, que deflagraram greve no dia 11 de março, pouco antes da atividade da Central. Foi apresentado o quadro da greve nos estados, revelando uma forte mobilização nacional, que conta com o apoio e participação ativa da CSP-Conlutas.

A paralisação nacional na educação abrange escolas, institutos federais e universidades da União por tempo indeterminado.

Integrante da coordenação-geral da Fenajufe e da CSP-Conlutas, Fabiano dos Santos participou do encontro da SEN. O dirigente criticou o comportamento do governo com os servidores nas reuniões da Mesa Nacional de Negociação Permanente. “O tratamento desrespeitoso do governo Lula/Alckmin frustrou as expectativas das categorias do funcionalismo, que apostavam no processo de negociação e agora se veem frente à necessidade de construção de uma greve”, ponderou o servidor do TRT-2.

Para a Central, somente uma greve unificada pode arrancar do governo a valorização necessária ao funcionalismo e aos serviços públicos, a prioridade para a entidade e as organizações que integram a construção da greve.

Ainda sobre o encontro da SEN, que durou três dias, foram apresentados diversos painéis, que discutiram categorias em luta, “Reparação ao Povo Negro: um acerto de contas com a história”, análise de conjuntura nacional e internacional, 60 anos do golpe; além disso, as setoriais fizeram um balanço das atividades realizadas após o Congresso da CSP-Conlutas, realizado em setembro de 2023, que atualizou o plano de lutas; apresentaram o calendários para este semestre, como foi o caso da setorial do serviço público que contou com a participação dos coordenadores da Fenajufe Fabiano dos Santos (TRT-2) e Luciana Carneiro (TRF3-).

Foto: Sinasefe IFMG

1º maio  Dia da trabalhadora e trabalhador

No calendário de lutas, uma das tarefas é organizar o ato do 1º de maio Classista e Internacionalista, alternativo aos atos governistas e à altura dos desafios colocados tanto para os trabalhadores do setor público quanto privado.  O Sintrajud participará do ato de 1º de Maio organizado pela CSP-Conlutas, sem patrões, sem governos, pela independência da classe trabalhadora.

A ideia central é levar às ruas a pauta pela revogação das reformas da previdência, trabalhista e do ensino médio, a luta contra as privatizações e as terceirizações do governo federal e do governador Tarcísio. Além disso, será uma oportunidade para alertar a população sobre uma nova proposta de reforma administrativa, ainda não apresentada, que pode ser tão prejudicial para os trabalhadores quanto as propostas anteriores.

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