Covid-19: pandemia exige cuidados de todos e coloca idosos em alerta


19/03/2020 - Shuellen Peixoto

O que fazer para prevenir?

A OMS orienta evitar contatos físicos e ambientes com alta concentração de pessoas, manter as mãos permanentemente desinfectadas (com uso de sabão neutro ou álcool gel), limpar com frequência aparelhos celulares e smartphones, usar lenços descartáveis em caso de tosse ou coriza. Além de evitar tocar olhos, nariz e boca, lavar as mãos frequentemente e procurar atendimento médico imediato diante de qualquer sintoma.

As máscaras descartáveis devem ser utilizada somente se houver suspeita de infecção, e têm de ser trocadas sempre que estiverem úmidas ou se tornam vetores de contágio.

Crianças e idosos devem evitar convívio devido à potencialização do risco de contágio para o idoso.

 

 

Nos últimos dias, o Brasil acompanha o avanço do coronavírus entre a população. O vírus tem alta taxa de transmissibilidade e representa mais riscos para a saúde dos idosos. Por isso, seguindo a orientação da  Organização Mundial da Saúde, a diretoria do Sintrajud suspendeu as atividades dos núcleos na sede do Sindicato e orienta todos os servidores, principalmente os aposentados e pensionistas que evitem lugares com aglomerações de pessoas.

Por ser um vírus  novo, seres humanos têm baixo nível de anticorpos para combatê-lo. Pessoas de todas as idades estão expostas e podem contrair o coronavírus, não apenas os idosos, mas esse grupo social tem maior risco porque a imunidade cai naturalmente com o avanço etário.

Pessoas com outras condições que gerem baixa imunidade (tratamento quimio ou radioterápico, sorologia positiva de HIV câncer, entre outras), doenças cardíacas ou respiratórias também estão no grupo de risco – estas últimas porque o vírus pode causar insuficiência respiratória.

Até a publicação deste texto, havia 621 casos confirmados e 6 mortes, sendo 5 delas no estado de São Paulo.

Responsabilidade sem pânico e com investimento

A situação de contágio do Covid-19 entre a população brasileira é grave, mas é importante combater o pânico, inclusive para que a prevenção seja mais efetiva. Em São Paulo, a prefeitura da capital decretou estado de emergência e, em conjunto com o Governo do Estado, decretaram fechamento das escolas públicas em todo o estado, dos shoppings e academias na Grande São Paulo. As medidas têm por objetivo diminuir o fluxo de pessoas nas ruas e, consequentemente, o contágio da doença.

Após mais de quinze dias de deboches sobre as vidas de pessoas doentes, incentivo ao racismo contra o povo chinês e descumprimento das regras de segurança sanitária pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional pedido de reconhecimento de estado de calamidade pública, que permite elevar os gastos públicos para enfrentamento à epidemia. A Câmara aprovou o decreto no fim da tarde desta quarta-feira (18 de março) e o texto vai a voto no Senado nesta sexta, na primeira votação remota da casa legislativa. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), foi um dos parlamentares que contraiu o coronavírus, além de outros dois senadores.

Na opinião da diretoria do Sintrajud, o decreto de calamidade pública medida é insuficiente, é preciso que haja a implementação de políticas efetivas contra a pandemia, com mais investimentos e medidas que assegurem condições de vida a toda a população. Isso passa pela valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) e pela revogação da EC 95, a emenda do “teto dos gastos”, que já causou sérios prejuízos aos orçamentos da saúde e demais áreas, e que se mantida levará os serviços públicos ao estrangulamento. Outro tema emergencial é o fim do mecanismo de Desvinculação de Receitas da União (DRU), que desde o governo Michel Temer (PMDB) retira 30% do orçamento da saúde para o custeio da dívida pública.

Desde a última sexta-feira, 13 de março, a direção do Sindicato pressiona os tribunais para que suspendam integralmente o expediente, buscando preservar a saúde dos servidores e jurisdicionados. O sindicato também se colocou à  disposição da categoria para recebimento de relatos de problemas e demandas dos locais de trabalho, que podem ser remetidas pelo WhatsApp (11) 99128-5217 ou ao e-mail <[email protected]>.

Quais sintomas?

Segundo a OMS, os sintomas mais comuns do coronavírus, responsável pela doença Covid-19, são: febre, tosse e dificuldade de respirar. No entanto, alguns pacientes podem ter dores pelo corpo, congestão nasal, coriza, dor de garganta e/ou diarreia. Esses sintomas, geralmente, são leves e evoluem gradualmente.

A orientação é buscar ajuda médica em hospitais apenas em quadros mais graves, que envolvam febre alta e falta de ar. A busca do diagnóstico é importante, mas a cautela com  frequência a ambientes hospitalares na atual situação também deve ser mantida, para evitar que uma pessoa com uma gripe ou resfriado acabe por contrair o coronavírus.

Colaborou: Luciana Araujo

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