O 8º Congresso do Sintrajud começou na noite desta quinta-feira, 23, com a solenidade de abertura na sede do Sindicato. Representantes de diversas entidades sindicais estiveram presentes, assim como de sindicatos de servidores do Judiciário Federal de outros estados.
Os discursos destacaram o contexto em que se realiza este Congresso, com os ataques do governo Temer aos direitos sociais e trabalhistas e a necessidade de unificar os trabalhadores para enfrentar as reformas trabalhista e da Previdência.
“Queremos neste Congresso construir um plano de lutas para enfrentar esses ataques”, disse Inês Leal de Castro, servidora da JT Barra Funda e diretora do Sintrajud. Ela lembrou a dimensão das manifestações dos dias 8 e 15 de março em todo o país, convocou os trabalhadores a construir a greve geral e lamentou a aprovação do projeto que permite terceirizar praticamente todas as atividades das empresas. O PL 4302/1998, que permite a terceirização inclusive da atividade-fim, na iniciativa privada e no setor público, foi aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira, 22. “Conhecemos de perto a realidade dos terceirizados, que é uma realidade que agora querem generalizar para todo o país”, afirmou Inês.
“O momento é desafiador; não é hora de exclusivismos, porque os ataques são frontais para todos os trabalhadores”, acrescentou Ênio Mathias, servidor da JT Praia Grande e diretor do Sintrajud. “Nosso papel é chamar os trabalhadores para a luta”, afirmou. “Apesar de todos os problemas que temos com a comunicação, com as informações totalmente dominadas pelo poder econômico, conseguimos construir organizações como essas que estão aqui hoje e que fazem um esforço para superar esses problemas.”
A noite de abertura terminou com uma apresentação do grupo de teatro Erga Omnes, com textos de Vinícius de Moraes e Cecília Toledo.
No final, os participantes do Congresso entoaram o coro: Greve Geral já!
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