Como funciona a autogestão no TST


17/05/2018 - helio batista

Enquanto estudam a autogestão como alternativa aos planos de saúde, os servidores do Judiciário Federal têm um exemplo de funcionamento dessa modalidade no TST, onde a iniciativa de adotar o modelo partiu do próprio Tribunal.

Reunião de diretores do Sintrajud com o presidente do TST, em abril. Foto: Valcir Araújo

A experiência, que começou em 2007, foi apresentada à diretoria do Sintrajud no final de abril, quando dirigentes do Sindicato foram recebidos pelo presidente do TST, ministro João Batista Brito Pereira (foto abaixo). Na ocasião, Marcus Vergne e Tarcísio Ferreira se reuniram também com o coordenador do TST-Saúde, Marcus Vinicius de Carvalho.

“Houve uma resistência inicial dos servidores, o que é natural porque no modelo anterior não havia a coparticipação, mas cerca de um ano e meio depois quase todos já estavam envolvidos no processo”, afirma o coordenador do TST-Saúde.

Os servidores pagam 20% de coparticipação nas consultas, exames e cirurgias que não exigem internação, tanto para titulares como para dependentes. Nas cirurgias e demais procedimentos que exigem internação, o percentual é de 8%. Não há coparticipação para quimioterapia, radioterapia, diálise e hemodiálise em regime ambulatorial, enquanto nos tratamentos odontológicos o percentual a ser pago pelo servidor é de 40%.

“O sistema anterior, que utilizava o plano da Golden Cross, era muito caro e não oferecia cobertura adequada”, lembra Marcus Vinicius, ao explicar o que levou a administração do Tribunal a decidir pela autogestão.

O TST-Saúde atende 6.500 vidas e conta com uma rede credenciada própria, com cerca de 400 hospitais, clínicas e consultórios em Brasília. O sistema oferece cobertura nacional, por meio de um contrato com a Amil.

O último reajuste de mensalidades, em agosto do ano passado, foi de cerca de 5%. “Com os recursos da União minguando, não dá para ficar sem reajuste, mas a ANS, por exemplo, autorizou reajustes de 12% naquela época”, compara o coordenador do TST-Saúde.

“A autogestão é muito melhor [do que os planos de saúde], porque os servidores cuidam da operação e não dependem de terceiros”, garante.

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