O ataque à Justiça do Trabalho deverá ser acirrado sob o governo Jair Bolsonaro (PSL) e um Congresso Nacional de perfil mais conservador, aumentando as dificuldades na defesa dos direitos dos trabalhadores e de manutenção das liberdades civis, principalmente no que se refere às prerrogativas de manifestação. A previsão foi feita pelo advogado Cezar Britto, da assessoria jurídica da Fenajufe, na abertura do Encontro Nacional do Coletivo Jurídico da Federação, nesta segunda-feira (5).
Conforme divulgado pela entidade, Britto ressaltou que a Justiça do Trabalho será atacada não por causa da estrutura de que dispõe, mas pelo que ela representa como guardiã das garantias e direitos da classe trabalhadora. Para o advogado, ante o quadro desenhado com a eleição de 2018, o combate passou a ser, declaradamente, aos direitos do trabalhador, o que põe o sindicalismo como alvo direto do poder estabelecido.
Começando nesta segunda-feira, em Brasília, o Encontro Nacional do Coletivo Jurídico da Fenajufe deve reunir durante dois dias cerca de 70 participantes. A abertura contou com 14 sindicatos, incluindo o Sintrajud, representado pelo diretor Tarcisio Ferreira, servidor do TRT, e pelo advogado Cesar Lignelli, coordenador do departamento jurídico.
“O Coletivo é um espaço tradicional da Fenajufe, no qual se reúnem as assessorias jurídicas e as direções dos sindicatos e da Federação para debater as estratégias e atualizar as pautas da categoria”, disse Tarcisio. “É um espaço importante, especialmente nessa conjuntura desafiadora, em que mais do que nunca teremos de atuar em todas as frentes para defender direitos”, acrescentou.
*Com informações da Fenajufe.