A diretoria do Sintrajud, junto com representantes do Fórum Estadual dos Trabalhadores do Setor Público, participou da reunião das centrais sindicais para avaliar os próximos passos da resistência contra a PEC 6-A/2019, a ‘reforma’ da Previdência, proposta pelo governo Bolsonaro. A atividade aconteceu na manhã desta sexta-feira, 28.
Os sindicalistas aprovaram a participação nas manifestações em defesa da educação e da Previdência pública, convocadas para o dia 12 de julho e 13 de agosto.
Na oportunidade, o diretor do Sintrajud Gilberto Terra, servidor da JF lotado no Fórum Previdenciário, entregou as 15.657 assinaturas recolhidas, em conjunto com o Fórum, no abaixo-assinado contra a ‘reforma’ da Previdência. Ao longo dos últimos meses, o Sintrajud participou de banquinhas em locais de grande circulação, conversou com os servidores e servidoras do Judiciário Federal nos locais de trabalho e buscou dialogar com o conjunto da população sobre os ataques aos direitos e consequências desta reforma para os trabalhadores brasileiros.
“Nos empenhamos nos últimos meses nas banquinhas, dialogando com a população e conseguimos colher 15.657 assinaturas, mas nossa avaliação é de que há ainda muito trabalho pela frente, especialmente diante deste relatório, que apesar das mudanças, mantém os ataques e vai prejudicar ainda mais os trabalhadores pobres”, afirmou Gilberto. “Por isso, não podemos deixar arrefecer a luta, é preciso seguir na mobilização para impedir a aprovação desta reforma”, destacou o servidor.
A próxima reunião das centrais sindicais já está marcada para o dia 16 de julho.
Leia abaixo a nota das centrais sindicais:
As Centrais Sindicais, reunidas em São Paulo no dia 28 de junho em São Paulo, avaliaram os resultados do importante trabalho feito pelos sindicalistas com os parlamentares dos Partidos da Minoria e Partidos do Centro na Câmara dos Deputados, debatendo o conteúdo da Reforma da Previdência e o processo legislativo de votação. Neste processo, as entidades reafirmaram o posicionamento contrário e crítico ao relatório substitutivo do Deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) e destacaram as mudanças reivindicadas e incorporadas até o momento ao documento do Relator.
As centrais alertam que os trabalhadores e as trabalhadoras devem se manter permanentemente vigilantes e as entidades destacam a importância de reforçar a atuação junto ao Congresso Nacional, visando tratar das questões e do conteúdo dessa nefasta reforma.
Neste sentido, as Centrais Sindicais conclamam os trabalhadores e as trabalhadoras para o máximo esforço na atuação junto às bases dos deputados e senadores.
Nesta reunião, o Fórum dos Trabalhadores do Setor Público de São Paulo entregou às centrais os abaixo-assinados com milhares de assinaturas.
No encontro se registrou o ataque que o Sindicato dos Metroviários de São Paulo vem recebendo da empresa e as demissões de trabalhadores metroviários, que receberam a solidariedade das Centrais Sindicais.
Os sindicalistas também manifestaram repúdio pelas práticas antissindicais observadas em outras unidades do país e em outros locais do Estado e por isso as centrais vão solicitar uma audiência com o governador de São Paulo para um diálogo, no sentido de garantir o direito de organização e manifestação.
Os próximos passos unitários das centrais serão os seguintes:
* Julho será o mês para intensificar, todos os dias, nos locais de trabalho, nas praças e locais públicos, a coleta de assinaturas no abaixo-assinado contra o fim da aposentadoria – prazo para conclusão da coleta de assinaturas – 04 de agosto. (Solicitamos que todos organizem atividades conjuntas de coleta das assinaturas).
* Prazo para a entrega dos abaixo-assinados na sede nacional da sua Central Sindical – 08 de agosto.
* Entrega do abaixo-assinado das centrais no Congresso Nacional – 13 de agosto, em Brasília.
* Apoiar, valorizar e participar do Ato Nacional dos estudantes durante o Congresso da UNE, em Brasília, no dia 12 de julho, pela valorização da educação, incluindo a defesa da aposentadoria. No mesmo dia, a orientação é de que a classe trabalhadora se mobilize nos estados e nas cidades na coleta de assinaturas dos abaixo-assinados.
* Apoiar e participar da Marcha das Margaridas no dia 14 de agosto, também em Brasília.
* Apoiar e participar da luta dos professores, coordenada pela CNTE, no dia 13 de agosto.
Por fim:
* Devemos continuar em estado de mobilização permanente com assembleias nos locais de trabalho para influenciar nas mudanças deste projeto e evitar que pontos críticos sejam reintroduzidos no texto com objetivo de garantir uma aposentadoria digna para os trabalhadores e para as trabalhadoras.
*Próxima reunião das Centrais Sindicais: 16 de julho.
A nossa unidade cresce na luta e com a mobilização. Sigamos em frente!