Atos contra Bolsonaro, por vacinação e direitos levam 750 mil às ruas em todo o país


21/06/2021 - Shuellen Peixoto
Em São Paulo foram cerca de 100 mil pessoas, respeitando normas de segurança sanitária; Sintrajud esteve presente com tenda de distribuição de materiais contra a ‘reforma’ administrativa.
Foto: Claudio Cammarota

Créditos: Claudio Cammarota

No dia em que o Brasil atingiu a trágica marca de 500 mil mortos, centenas de milhares de pessoas voltaram às ruas para protestar contra o governo Bolsonaro e sua política genocida, por vacinação para todos e auxílio emergencial digno para quem precisa e em defesa dos direitos dos trabalhadores. Os organizadores, articulados na ‘Campanha Fora Bolsonaro’, informam que os atos deste sábado, 19 de junho, tiveram a participação de 750 mil pessoas, em todo o país e em 42 cidades do exterior.

Em São Paulo, cerca 100 mil manifestantes que estiveram na Avenida Paulista, em sua grande maioria com máscara PFF2, cartazes e adesivos para demonstrar a indignação e o luto com as mortes ao longo de pouco mais de um ano de pandemia. “Sabemos que é arriscado estar na rua, mas estamos aqui porque o Brasil vive a maior crise econômica e sanitária da história e a culpa é do governo Bolsonaro e Mourão, eles são mais perigosos que o vírus”, afirmou Ronald Fumagalli, servidor do TRT-2.

A manifestação, convocada por movimentos sociais, entidades sindicais e estudantis, teve início em frente ao Masp, às 16h, mas logo foi possível ver a Avenida Paulista fechada nos dois sentidos por manifestantes que caminharam até a praça Roosevelt.

Durante o ato, balões vermelhos foram soltos como homenagem aos 500 mil brasileiros mortos vítimas da Covid-19. Bruna Guimarães, servidora do TRT-2, esteve presente no ato e afirmou à reportagem que “estou aqui porque não aguento mais tanto descaso com a vida da classe trabalhadora, esse desmonte do serviço público, precisamos derrubar o governo Bolsonaro com as próprias mãos”.

O Sintrajud montou novamente, como no dia 29 de maio, uma tenda em frente ao Fórum Pedro Lessa para garantir o ponto de encontro dos servidores do Judiciário Federal de São Paulo. O Sindicato distribuiu adesivos, cartazes e balões, além de máscaras e álcool gel para os manifestantes. “Não estamos na rua por negar a pandemia, o perigo do vírus ou distanciamento, mas porque rejeitamos este governo genocida responsável por estas 500 mil mortes, que negou a vacina e zomba da pandemia até os dias atuais”, destacou Fabiano dos Santos, diretor do Sindicato.

Além do Fora Bolsonaro, os protestos também reivindicaram por auxílio emergencial de no mínimo, R$ 600,00 a R$ 1.200,00 enquanto houver pandemia, a rejeição da ‘reforma’ administrativa no Congresso Nacional e a defesa dos serviços públicos. “O 19J foi um dia no qual fortalecemos a nossa luta, saímos às ruas para dizer Fora Bolsonaro e Mourão, para garantir que nossos direitos não sejam retirados um a um, para exigir o fim da ‘reforma’ administrativa e a defesa dos serviços públicos que vêm se mostrando essenciais durante a pandemia”, disse Tarcisio Ferreira, também diretor do Sindicato.

Ainda segundo os organizadores, os atos do dia 19 de junho tiveram mais adesão, quando comparados aos que ocorreram no dia 29 de maio, quando foram registrados cerca de 420 mil pessoas no país. Diferente do que aconteceu 29M, as manifestações do 19J tiveram mais espaço nas mídias e nas capas dos principais jornais do país. Nas redes sociais, a hashtag #19JForaBolsonaro esteve entre os assuntos mais comentados durante todo o sábado.

 

Confira algumas imagens produzidas pela equipe de comunicação do Sintrajud durante o ato no chão e com drones.

Crédito: Jesus Carlos

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