Ato nesta quarta no TRE cobra reajuste emergencial para a categoria


27/06/2022 - Luciana Araujo
Protesto acontece entre 13h30 e 14h30, em frente à sede do Tribunal Regional Eleitoral, na Rua Francisca Miquelina, 123, Centro da capital.

Ato da categoria em frente ao TRE no dia 30 de março (Foto: Jesus Carlos).

Após as manifestações da campanha salarial no TRF-3 e no TRT-2, a diretoria do Sintrajud convida a categoria a voltar ao TRE-SP, na próxima quarta-feira, 29 de junho, para realizar novo ato em defesa do reajuste — das 13h30 às 14h30, para garantir a participação do maior número de colegas. O protesto acontece em frente à sede do Tribunal Regional Eleitoral, na Rua Francisca Miquelina, 123, Centro da capital. Servidores e servidoras de todos os ramos e unidades judiciárias da capital, e quem estiver lotado em outras cidades e puder, estão convidadas a participar.

A diretoria do Sindicato ressalta que é preciso intensificar a mobilização nesta reta final dos prazos colocados pela legislação eleitoral para garantir que não continue sofrendo com a continuidade do reajuste zero este ano. E
os colegas do TRE historicamente têm um papel-chave nisso. Historicamente as conquistas salariais em anos eleitorais foram arrancadas com mobilizações e greves de toda a categoria protagonizadas pelos colegas da Justiça Eleitoral.

Nas últimas semanas, servidores do PJU de diversos estados participaram das manifestações simbólicas em frente ao Supremo Tribunal Federal cobrando a recomposição salarial imediata e previsão orçamentária para cobrir, em 2023, as perdas acumuladas desde o início do atual governo, que já atingiram a marca de 30,66%.

Em reunião com dirigentes da Fenajufe (a federação nacional da categoria) no último dia , o diretor-geral do STF, Edmundo veras, confirmou a disponibilidade orçamentária para garantir, no mínimo, os 5% de reajuste que já tinham sido informados pelo ministro Luiz Fux à Casa Civil. O problema é que, até agora, não há nenhuma   formalização para garantir o direito. A categoria cobra também o envio de um projeto de lei do Supremo ao Congresso Nacional para assegurar os reajustes neste ano e no ano que vem.

Desde janeiro as categorias do serviço público federal buscam fazer valer a Constituição Federal e a recomposição salarial para quem não teve nenhum tipo de reajuste desde janeiro de 2019 — fato inédito desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 um governo terminar sem nenhuma concessão de reposição de perdas salariais a nenhuma categoria servidores federais civis. E isso ocorre enquanto o governo comemora um superávit primário que pagaria, sozinho, com folga, as perdas salariais acumuladas, e o funcionalismo tem o padrão de vida é destruído
pela inflação.

Muitos servidores têm sido responsáveis ainda pelo sustento de parentes que perderam o emprego durante a pandemia. E os oficiais de justiça têm que trabalhar com veículo próprio, com o litro de combustível a preço de ouro.

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