Servidoras e servidores de diversas unidades judiciárias e cidades do estado realizaram o segundo ato da jornada de mobilização e paralisação em defesa do anteprojeto de reestruturação da carreira, em frente ao Fórum Pedro Lessa, nesta quinta, 8 de agosto.. A categoria também defendeu mais verbas para a assistência em saúde e que o TRF-3 cumpra com a não absorção dos quintos/VPNI.
Assim como foi nessa quarta (7/8), no átrio do Fórum Ruy Barbosa (leia mais aqui), a atividade de luta na Av. Paulista contou com a participação dos colegas de várias cidades, que paralisaram suas atividades para cobrar: “Negocia, STF!”
A mobilização fez parte do calendário nacional pela aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários referendado pela categoria em espaços deliberativos.
A tarefa principal agora, disse a diretora Ana Luiza Figueiredo (aposentada do TRF-3), é avançar na luta nacionalmente. “Diante da negativa do STF, que se recusa a negociar com a categoria do Judiciário Federal e do Ministério da União, não nos resta outra saída senão a realização de greve”, defendeu.
Outro que apontou a necessidade de intensificar a luta por valorização e reestruturação da carreira foi o coordenador da Fenajufe e base do Sintrajud Fabiano dos Santos. Ao vivo de Brasília, ele deu o recado aos colegas. “A campanha pela reestruturação da Carreira não terá chances de êxito sem uma forte mobilização e a unidade de todos os segmentos da categoria”.
O dirigente informou que na reunião que ocorreu pela manhã, nesta quinta (8), não houve negociação no Fórum de Carreira no CNJ. O diretor-geral do órgão, Eduardo Toledo, que representa o Conselho no Fórum, foi categórico em afirmar, enquanto os servidores estavam em ato, em frente ao prédio, que garantida já a terceira e última parcela do reajuste salarial, prevista para fevereiro de 2025, de 6,13% e possibilidade de elevar o adicional de qualificação, não haveria margem orçamentária para atender à demanda pelo PCCS.
Na capital federal, o ministro Luís Roberto Barroso se recusou a receber a Fenajufe, alegando indisponibilidade de agenda. Do Fórum Pedro Lessa, os servidores receberam a notícia com indignação, e realçaram a importância da construção de uma greve nacional em defesa do anteprojeto de carreira.
Solidário ao ato, Altino Prazeres, metroviário e dirigente da CSP-Conlutas, Central Sindical à qual o Sindicato é filiado, saudou os servidores e reforçou a importância da unidade classista diante das investidas dos governos federal e estadual, bem como das administrações dos Tribunais. “Eles usam o arcabouço como justificativa para não atenderem às nossas reivindicações. Mas sabemos que trilhões são pagos aos banqueiros em detrimento dos investimentos em saúde, educação e justiça”, criticou, lembrando da luta contra as privatizações que avançam em São Paulo.
O diretor do Sintrajud Fábio Rodrigues (JF/Criminal) salientou a falta de isonomia na assistência à saúde. “A pauta também faz parte das nossas mobilizações, além disso, exigimos que o TRF-3 cumpra com a não absorção dos quintos/VPNI, pois essa é uma conquista e não abriremos mão”, ponderou.
A mobilização pelo PCCS segue. Além da capital, participaram da mobilização nestes dias 7 e 8 servidores e servidoras da Justiça Federal nas cidades de Andradina, Araçatuba, Araraquara, Franca, Presidente Prudente e Santos; da Justiça do Trabalho em Praia Grande e Santo André.