Após ato, Sindicato pautou reposição salarial com DG do TSE


31/03/2022 - Shuellen Peixoto e Luciana Araujo
Manifestação marcou o segundo dia de paralisação em defesa da abertura de negociação para reajuste de 19,99%, índice acumulado durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro.

Da esquerda para a direita, o diretor-geral do TRE, Claucio Correia, o diretor-geral do TSE, Rui Moreira, e os dirigentes do Sintrajud Raquel Morel, Tarcisio Ferreira e Marcos Trombeta (Foto: Gero Rodrigues).

No final desta manhã de quinta-feira, 31 de março, após o ato realizado com a participação de servidores e servidoras do Judiciário Federal em greve, dirigentes do Sintrajud tiveram uma conversa com o diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Rui Moreira.

Os diretores Marcos Trombeta, Raquel Morel Gonzaga e Tarcisio Ferreira protocolaram  ofício com pedido ao ministro Luiz Edson Fachin, presidente do TSE, de apoio à demanda por reposição salarial da categoria. Moreira comprometeu-se a encaminhar a demanda à cúpula do Tribunal.

Na conversa, os representantes do Sintrajud também pediram celeridade na implementação da Lei 13.234/2021, que criou 225 novos cargos efetivos no TRE de São Paulo. Rui Moreira afirmou que a regulamentação da lei foi aprovada nesta semana, e Claucio Correia complementou que a efetivação se dará em breve.

Leia aqui o ofício

A manifestação realizada no início da manhã em frente à Universidade Mackenzie marcou o segundo dia de greve da categoria para cobrar a abertura de negociação sobre a data-base, desrespeitada há décadas por sucessivos governos. A gestão Bolsonaro impôs reajuste zero nos três primeiros anos e tenta manter para 2022.

No local do ato acontece o evento de abertura do ano eleitoral, com presença dos chefes de cartórios.

“Foi uma iniciativa simbólica, mas importante porque conseguimos colocar o debate da campanha salarial dentro do evento do Tribunal”, afirmou Tarcisio.

Durante a atividade, foram distribuídos panfletos e adesivos aos colegas sobre a campanha salarial unificada com as demais categorias do funcionalismo público federal em defesa da reposição emergencial de 19,99%.

O ato foi parte das atividades da greve de 48 horas, aprovada na assembleia do dia 23 de março. Nesta quarta-feira, 30 de março, a categoria realizou um ato em frente ao TRE-SP, e também participou manifestação nacional que aconteceu em Brasília (veja aqui).

“Foi importante termos conseguido conversar com colegas de várias regiões do estado e também entregar nossa pauta ao diretor-geral do TSE, porque a cúpula do Judiciário se conversa e a nossa incidência sobre os tribunais faz com que todos saibam que estamos em luta”, apontou Raquel.

Combate às fake news

Durante o evento, o presidente do TRE-SP, desembargador Paulo César Galízia, fez referência aos ataques que a Justiça Eleitoral vem sofrendo de grupos bolsonaristas e do próprio presidente Jair Bolsonaro, e informou já ter feito reuniões com a polícia militar para tratar da proteção aos cartórios eleitorais.

“Temos preocupação com a nossa segurança, temos preocupação com a segurança dos cartórios e dos nossos servidores”, afirmou o desembargador.

Desde a eleição de 2018 o Sintrajud tem cobrado medidas que assegurem a integridade dos servidores e servidoras da Justiça Eleitoral, principalmente nos cartórios.

A Justiça Eleitoral passará a encaminhar neste ano ao Ministério Público também “ilícitos eleitorais” – informações errôneas e fake news, além de ataques às instituições eleitorais que visem estimular o descrédito nos resultados dos pleitos. Até este ano somente material que abertamente incorra em crime tipificado era remetido ao MP para investigações de autoria.

Ofício com assinatura do DG-TSE.

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