SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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25/11/2016

Ato Unificado contra PEC 55 reúne trabalhadores no centro de SP

Sintrajud e CSP-Conlutas participaram da manifestação, que rechaçou congelamento de recursos e ataques aos direitos

No dia em que Geddel Vieira Lima tornou-se o 6º ministro do governo Temer a cair em 6 meses, servidores do Judiciário Federal juntaram-se a trabalhadores de diversas categorias no Ato Unificado contra a PEC 55 e as reformas que atacam os direitos sociais e trabalhistas.

A manifestação desta sexta-feira, 25, também reuniu, diante do prédio da Superintendência Regional do INSS, no centro de São Paulo, representantes de diversas centrais sindicais e de sindicatos de servidores públicos e de trabalhadores da iniciativa privada. Dirigentes da  CSP-Conlutas e do Sintrajud, além de servidores do TRF-3 e da Justiça Eleitoral, participaram da atividade, que integrou o Dia Nacional de Luta contra a PEC 55.

Em todo o país, estão sendo realizadas manifestações, atos, protestos, paralisações e greves contra a proposta que pretende congelar os gastos sociais por 20 anos, entre outras medidas que atacam os direitos dos trabalhadores, como a reforma da Previdência e a reforma trabalhista.

Já em Brasília, a queda de Geddel mergulhou o governo em mais um escândalo de corrupção, enquanto parlamentares negociam a aprovação das reformas, a votação da PEC 55 no Senado e a anistia para quem recebeu dinheiro de caixa 2 para campanhas eleitorais.

Greve geral

“O dia de hoje é um acúmulo importante, mas nós, da CSP-Conlutas, temos insistido na necessidade urgente de uma greve geral”, afirmou Atnágoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

O dirigente defendeu a união dos trabalhadores com a juventude que está ocupando as escolas e com o movimento dos sem-teto, a fim de parar o país. “Enquanto sofremos com 22 milhões de desempregados, o [presidente Michel] Temer instala um balcão de negócios com os governadores, para impor um congelamento de 10 anos também nos gastos dos estados”, apontou.

Luta das mulheres

Realizado no Dia Internacional de Combate à Violência Contra As Mulheres, o Ato Unificado contou ainda com a participação do Movimento Mulheres em Luta (MML).

Marcela Azevedo, da Executiva Nacional do MML e da Secretaria-Executiva da CSP-Conlutas, destacou a relação entre a luta das mulheres e a da classe trabalhadora em geral. “Estamos na rua com os trabalhadores para combater todo tipo de violência, não só a violência física e sexual, mas também a violência do governo contra as mulheres”, afirmou.

A ativista observou que a reforma da Previdência em discussão pelo governo eleva em cinco anos o tempo mínimo de contribuição para a aposentadoria das mulheres, sem considerar a dupla jornada e o fato de que elas adoecem mais por falta de condições adequadas de trabalho.

“Além disso, a reforma trabalhista flexibiliza vários dos nossos direitos, como licença-maternidade e auxílio-creche”, acrescentou Marcela. Ela lembrou ainda que desde o governo Dilma (PT) tem havido cortes sucessivos nos orçamentos das políticas para as mulheres, tendência que deve se agravar com a PEC 55 e o congelamento dos gastos sociais. “Só em 2015, tivemos 125 casos notificados de estupro por dia, sendo que a maioria dos casos nem são notificados”, declarou.




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