SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
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8/11/2016

Servidores definem participação na jornada de lutas de novembro

Assembleia aprova atividades nos dias 11 e 25 para rechaçar ataques do governo Temer

Servidores realizaram assembleia geral na sede do Sintrajud no sábado, 5. Foto: Cláudio Cammarota

Os servidores do Judiciário Federal em São Paulo definiram em assembleia, no último sábado (5), sua participação nas atividades que integram o calendário de lutas contra a PEC 55 (antiga PEC 241) e outros ataques do governo Temer aos trabalhadores. A jornada de lutas deste mês é considerada uma preparação para a greve geral, que deve dar uma resposta mais ampla ao ajuste fiscal e à retirada de direitos.

Além da participação nos dias de luta, paralisações e greves marcados para 11 e 25 de novembro, os servidores aprovaram a elaboração de um manifesto à população sobre os ataques, explicando o impacto das medidas nos serviços públicos e nos direitos sociais.

Os dois dias de mobilização nacional foram convocados por centrais sindicais, movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores do setor público e da iniciativa privada, incluindo a Fenajufe e o Fórum Nacional dos Servidores Público Federais (Fonasefe).

Na pauta estão os protestos contra a PEC 55, que congela as despesas primárias do governo por 20 anos, contra o PLP 257, que renegocia a dívida dos Estados e abre caminho para uma série de cortes nos direitos do funcionalismo, e contra as reformas trabalhista, previdenciária e do ensino médio.

Os trabalhadores também vão protestar contra o ataque ao direito de greve representado pela recente decisão do STF que permite o corte de ponto de quem faz greve no serviço público.

Seminário na JT

No dia 11, os servidores da Justiça Trabalhista participam do seminário sobre os ataques à JT, que sofreu neste ano severo corte orçamentário e tem sido alvo de reportagens e artigos na imprensa, bem como de declarações de políticos defendendo sua extinção. Organizado pelo Sintrajud e pela Associação dos Magistrados de Justiça do Trabalho da Segunda Região (AMATRA-2), entre outras entidades, o seminário terá na mesa de abertura o presidente do TRT-2, desembargador Wilson Fernandes.

Nesse mesmo dia, haverá nos locais de trabalho a leitura pública do manifesto, como parte dos atos que os servidores farão para marcar o dia de mobilização.

Outra decisão da assembleia é que o Sintrajud enviará a Brasília uma caravana de servidores para acompanhar a votação da PEC 55 e pressionar os parlamentares a rejeitar a proposta. A caravana incluirá servidores aposentados e os delegados que estarão na capital federal para a Plenária da Fenajufe, entre 24 e 27 de novembro. Em São Paulo, os servidores vão protocolar nos gabinetes dos senadores de São Paulo um requerimento contra a PEC 55.

“Temos a possibilidade de, no dia da votação da PEC no Senado, fazer um grande enfrentamento contra esse governo”, disse a servidora Ana Luíza Figueiredo, diretora de base no TRF-3.

Ato na Praça da Sé

Os servidores aprovaram um chamado aos colegas para o ato contra a PEC 55 que centrais sindicais e movimentos sociais farão no dia 11, às 15h, na Praça da Sé. Houve um debate na assembleia acerca da participação da categoria nesse ato, tendo em vista que a manifestação é organizada por movimentos alinhados ao PT, como a Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo.

Ao final do debate, prevaleceu o entendimento de que a participação dos servidores no ato é importante, apesar da divergência política com o petismo, tendo em vista o objetivo comum de lutar contra a proposta de congelamento dos gastos sociais.

“É fundamental neste momento unirmos a classe trabalhadora; a divisão só interessa ao governo e ao capital”, disse o servidor Dalmo Duarte, diretor de base no TRF-3, que defendeu a participação no ato convocado para a Praça da Sé.

Ataque à Escola do MST

A assembleia aprovou ainda uma moção de solidariedade à Escola Nacional Florestan Fernandes e de repúdio à operação da Polícia Civil, que na última sexta-feira (4) invadiu a Escola (ligada ao MST), fez disparos, ameaçou funcionários e deteve duas pessoas.




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